Proposto encerramento de dez maternidades

A Comissão de Saúde Materno e Neonatal, que avaliou as urgências obstétricas nos hospitais, vai apresentar ao Ministério da Saúde uma proposta de concentração das maternidades e a redistribuição dos seus recursos, defendendo o encerramento de dez unidades.

A proposta desta comissão prevê uma redução das cerca de 50 urgências de obstetrícia para perto de 40 unidades onde as mulheres portugueses poderão continuar a ter os seus filhos, segundo a edição desta sexta-feira do jornal ‘Público’.

A elaboração do referido relatório tem por objectivo garantir a segurança das mulheres e das crianças, sendo elaborado com base na avaliação da falta de especialistas e o reduzido número de partos/ano feitos em pequenos hospitais.

Na região Centro, é proposto o encerramento da maternidade de Lamego sendo os partos desta unidade divididos entre Vila Real e Viseu. A Urgência Obstétrica de Oliveira de Azeméis seria concentrada na Feira e, no caso da Figueira da Foz, uma parte dos partos passaria para uma das maternidades de Coimbra e para o hospital de Leiria.

No Norte, é proposta a transferência dos partos do hospital de Santo Tirso, em Famalicão, de Amarante e de Barcelos para as unidades do Vale do Sousa e de Braga.

No Sul, os partos de Torres Vedras distribuir-se-iam pelas Caldas da Rainha e por Lisboa - Hospital de Santa Maria e Maternidade de Alfredo da Costa. Cascais e Vila Franca de Xira são casos em dúvida, já que vão ser substituídos por hospitais a construir em parceria público-privada.

O possível encerramento da Urgência Obstétrica de Elvas pode levar os partos para Portalegre e Badajoz. Beja e Évora mantêm-se, tal como Portimão e Faro.

No caso dos hospitais da Guarda, Castelo Branco e Covilhã, considera-se também indispensável e urgente a concentração em uma ou duas unidades. O mesmo deverá acontecer no caso do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNT), que tem duas maternidades.